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A missão de lecionar que perpassa as gerações em Pelotas

Mais de 2.730 mil professores são responsáveis pelo ensino de crianças e adolescentes do município

15-10-2018 | 15:35:35

      Há 55 anos, o País celebra, em 15 de outubro, o Dia do Professor – profissão-missão exercida no Brasil por milhões de mulheres e homens, que dedicam-se ao ensino e à educação de crianças, jovens e adultos. Responsáveis pelo aprendizado em todas as etapas da vida e contribuintes no processo educativo relacionado a diferentes áreas do conhecimento, os professores são figuras indispensáveis na formação humana e fundamentais para a conquista da cidadania.

      Além de compartilhar saberes, também orientam para a vida e representam a luz do conhecimento para milhares de pessoas. Atualmente, mais de 2 milhões dão aulas na educação básica brasileira, de acordo com pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgada neste ano.

      Em Pelotas, 2.732 professores são ligados à rede municipal de educação: 1.134, nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 1.206 são docentes de áreas específicas, ministrando aulas para turmas do 6º ao 9º ano, 38 são responsáveis por aulas no ensino médio e 354 educam crianças, de 0 a 6 anos, nas escolas infantis e nos prés dos educandários de ensino fundamental.  

As perspectivas de diferentes gerações

      Dentre estes mais de dois mil docentes, diversas são as trajetórias desempenhadas nas centenas de salas de aula das escolas municipais, onde a relação professor-aluno é a chave principal para a transmissão de conhecimento. No Dia do Professor, conversamos com Erenilda e Michel, dois educadores que atuam em colégios municipais da cidade. Se o amor pela educação os une, o tempo dedicado a ela destaca a dupla por representar as diversas gerações dentro dos espaços de aprendizagem.

Foto: Vicente Britto

      De um lado, a experiência de Erenilda Fuchy e seus 45 anos aplicados na responsabilidade de lecionar para crianças; o período é quase o dobro da idade de Michel Hallal, um jovem de 25 anos, que escolheu o desafio de ensinar matemática como missão para a vida. Mesmo aposentada, a professora de 66 anos segue com a mesma paixão de quem começou a carreira na década de 70 e vê em seus alunos a motivação necessária para continuar.

“Nem sempre o que planejamos em casa sai como queremos em sala de aula. É preciso buscar inspiração diária para chamar e prender a atenção das crianças. O perfil dos estudantes também mudou… Hoje eles estão mais independentes e questionadores do que antigamente”, disse Erenilda.

      A carreira de magistério nem sempre esteve em seus planos. Foi o início na profissão que a fez se encantar com a área e permanecer nela há tantos anos. Além disso, também a noção de que o papel que exerce é importante para a vida de tantos jovens. “Educação é para desenvolver a inteligência. A sabedoria já nasce conosco, vamos a aprimorando ao longo do tempo. Esse melhoramento só acontece com o desenvolvimento intelectual”, considerou a professora do 4º ano da escola Ministro Fernando Osório.

Fotos: Vicente Britto

      Os docentes em frente às turmas que Michel integrou ao longo da vida foram as motivações para o professor — que trabalha há cerca de um ano nas escolas Dr. Brum de Azeredo e Jacob Brod — escolher a profissão. A relevância da atuação vai além de instruir e ensinar, apontou o jovem.  

“Muito mais que professores, também somos amigos e confidentes. Temos que fazer o nosso melhor sempre, porque somos inspiração e referência para os alunos. Acredito que devemos ensinar de forma que marquemos a vida deles e sejamos lembrados pela maneira como contribuímos para sua formação”, disse Michel.  

Quem incentiva a pensar

      A vocação de representar a educação – um dos pilares da sociedade – é a trajetória que ele pretende seguir até o final da vida, tendo a ciência de que o dia a dia nas escolas é o que traz o conhecimento. “Saímos da faculdade com o diploma, mas a prática adquirimos somente na rotina em sala de aula”, ponderou o professor.  

      Experiência é o que não falta na história da professora mais antiga da rede municipal; aprendizados que, hoje, são inspiração para a nova geração docente que se renova a cada dia. Sobre o desafio de se adequar às transformações impostas pelo tempo, Erenilda tem a receita: “Não dá para deixar nunca de ler, se atualizar e buscar o que é melhor para os alunos”, finalizou.  

Dia dos Professores

      A celebração foi oficializada, nacionalmente, como feriado escolar a partir do Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963. Internacionalmente, a data é comemorada, anualmente, em 5 de outubro.

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educação, dia do professor, data comemorativa

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