Iphan certificou o modo de fazer os doces pelotenses e a arquitetura do Conjunto Histórico do município
15-05-2019 | 17:54:25
O dia 15 de maio é especial para Pelotas. A data marca o reconhecimento da tradição doceira e da arquitetura do município como patrimônios imaterial e material brasileiros, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que ocorreu em 2018. Um ano depois, a honraria possibilitou que uma série de projetos de conservação recebesse mais atenção na esfera Federal, auxiliando a Prefeitura a conservar e preservar a história e a memória.
Patrimônio Nacional: arquitetura pelotense é reconhecida pelo Iphan
Tradição doceira torna-se patrimônio imaterial do Brasil
A primeira certificação reconhece o modo de fazer os doces tradicionais de Pelotas e da Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo e Turuçu). A segunda, valoriza o Conjunto Histórico pela importância que possui para o país. Mais de 80 bens integram a lista de prédios que são verdadeiros documentos, desvendando a história de Pelotas e sua arquitetura, e da economia do charque, importante ao desenvolvimento de toda a região.
“O duplo reconhecimento pelo Iphan do Patrimônio Cultural Material e Imaterial da cidade é resultado de décadas de políticas públicas de preservação. Veio em um momento de apropriação plena dos cidadãos pelotenses com suas riquezas históricas”, explica o secretário de Cultura, Giorgio Ronna.
Com o reconhecimento, integral ou parcial, todos os projetos ou intervenções voltados a esses espaços precisam passar pelo aval do Iphan. Isso dá destaque a cidade no cenário nacional, com a mesma importância de destinos conhecidos, como Ouro Preto – MG, já que possui, ainda, cerca de 1,7 mil prédios inventariados. Conforme Ronna, colocar Pelotas no roteiro das cidades históricas do país alavanca o turismo cultural, o que acaba impactando no desenvolvimento econômico do município.
Projetos como o Paisagismo da Praça Coronel Pedro Osório, a restauração do Theatro Sete de Abril, a instalação das redes subterrâneas e iluminação no entorno do Mercado Central, a revitalização dos becos das Frutas e Artes, e das salas de exposição do Casarão 2 poderão se tornar mais comuns. A honraria faz crescerem as chances de conseguir recursos junto à União, o que é o plano da Secretaria de Cultura (Secult) para melhorias no Museu da Baronesa, por exemplo.
“Podemos observar uma intensificação tanto no restauro de prédios históricos através do estreitamento de nossas relações com o Iphan, assim como um maior interesse da iniciativa privada com a preservação de nossas memórias”, avalia o secretário. Aumentou também a curiosidade sobre esses patrimônios, o que é medido pelo número de estudantes que procuram a Secult para a realização de pesquisas com essa temática.