Com mais de 50 quilômetros de extensão, ciclovias e ciclofaixas tornam o uso da bicicleta mais atrativo
26-03-2019 | 15:06:49
A Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) deu início ao processo de manutenção das ciclofaixas de Pelotas, que receberão nova pintura e sinalização. O trabalho começou pela rua Andrade Neves, a partir da avenida Bento Gonçalves em direção à zona norte da cidade.
A ampliação do serviço deverá se dar de forma gradual. Conforme o secretário da STT, Flávio Al Alam, a ideia é, aos poucos, efetuar melhorias em todas as faixas. A próxima deverá ser a da rua Professor Doutor Araújo.
Na busca por melhorar a mobilidade urbana, incentivar o uso da bicicleta e os hábitos mais saudáveis, Pelotas tem se tornado cada vez mais amiga dos ciclistas. Atualmente, a rede cicloviária municipal tem mais de 50 quilômetros, que se estendem por toda a zona urbana.
Esta rede é formada por dois tipos de vias diferentes. As ciclovias são espaços específicos para as bicicletas, como o caso das avenidas Juscelino Kubitschek e Domingos de Almeida; as ciclofaixas são pintadas e sinalizadas em um espaço delimitado da pista, calçada ou canteiro, a exemplo da rua Félix da Cunha e a própria Andrade Neves, em fase de requalificação.
Existem ainda as vias compartilhadas. Com sinalização específica alertando pedestres, ciclistas e condutores, elas são de livre circulação para todos os tipos de veículos e, geralmente, funcionam em calçadas e outros passeios públicos.
Apesar de não existir autuação para ciclistas, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sugere uma série de recomendações, a fim de tornar a circulação mais segura. Confira abaixo os dez pontos principais listados na Cartilha do Ciclista do Ministério das Cidades.
1 - Respeitar os limites de velocidade, semáforos, sinalizações de trânsito e faixas de pedestre;
2 - Quando for atravessar as faixas de pedestre, o ciclista deve descer da bicicleta e empurrá-la, pois, nesse caso, se enquadra como pedestre;
3 - Evitar o uso de fones de ouvido e celular, já que eles diminuem a atenção ao que acontece ao redor;
4 - Quando não houver espaço específico para bicicletas, o ciclista deve circular pela rua e não pelas calçadas, a menos que haja sinalização indicando a via compartilhada;
5 - Evitar circular pelo ponto cego, em que os motoristas não podem vê-lo;
6 - Revisar os freios e manter os pneus calibrados;
7 - Caso a calçada não seja compartilhada, o ciclista deve descer da bicicleta e empurrá-la com as mãos;
8 - A preferência é sempre do pedestre em travessias e faixas;
9 - O capacete é essencial para a preservação de vidas em caso de colisão;
10 - São itens obrigatórios para as bicicletas: sinalizações noturnas refletivas, campainha ou buzina e espelho retrovisor em plástico.
Além de fazer bem à saúde, auxiliando no combate ao sedentarismo e prevenção de doenças dos ossos e músculos, redução do risco de doenças do coração, diminuição do colesterol e melhora do sistema imunológico, o deslocamento por meio das bicicletas também traz outros benefícios, para a cidade e para o planeta.
Com custo acessível e manutenção menor do que de um carro ou motocicleta, por exemplo, as bikes são alternativa viável e sustentável para o problema de mobilidade, pois ocupam menos espaço nas vias, não provocam congestionamento e podem, até mesmo, chegar mais rapidamente aos destinos.
Outra vantagem é que não poluem o meio ambiente, uma vez que não utilizam combustível, não emitem gases do efeito estufa e nem contribuem para a poluição sonora.