Fruto da parceria entre a Prefeitura e a Fundação Bienal do Mercosul, que trouxe o artista paulista Jaime Lauriano para uma residência artística em Pelotas, a exposição "Terra é Poder" será inaugurada no sábado (31), às 16h, no Casarão 6. 

      O trabalho foi criado por Lauriano e moradores do Quilombo Vó Elvira e integra a 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul.

"Gravei depoimentos para fazer um trabalho de memória: evidenciar o papel das comunidades quilombolas na construção da história de Pelotas e como a cidade foi construída por meio da escravidão e do extrativismo", explica o artista.

      O tema desta Bienal é "Triangulo Atlântico", que apresenta obras de 77 artistas da America Latina, África, Europa e América do Norte. A curadoria é de Alfons Hug (Alemanha), com curadoria adjunta de Paula Borghi (Brasil).

      A exposição tem entrada franca e fica aberta ao público até o dia 28 de abril. O Casarão 6 fica na Praça Coronel Pedro Osório, 6, e funciona das 14h às 18h.

Sobre o artista:

      Jaime Lauriano graduou-se pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, em 2010. O paulista possui trabalhos nas coleções públicas da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte do Rio (MAR). Entre suas exposições mais recentes, destacam-se as individuais "Nessa terra, em se plantando, tudo dá", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; "Impedimento", no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista; e 10TH Bamako Encouters, no Museu Nacional, em Bamako, Mali. 

      Por meio de peças audiovisuais, objetos e textos críticos, o artista evidencia como as violentas relações mantidas entre instituições de poder do Estado e sujeitos moldam os processos de subjetivação da sociedade.