Em dezembro de 2019, prefeita Paula sancionou e promulgou a Lei que inseriu o dia 25 de julho no Calendário Oficial de Eventos de Pelotas
Por Tânia Magalhães 23-07-2021 | 15:51:28
Desde 2019, o dia 25 de julho, Dia do Colono, está inserido no Calendário Oficial de Eventos de Pelotas. Em dezembro daquele ano, a prefeita Paula Mascarenhas sancionou e promulgou a Lei 6.761/2019, incluindo a data no rol das comemorações do Município. “Estamos valorizando a colônia e seus moradores, além de oficializar a importância da classe para a cidade”, afirmou a gestora. Em razão da pandemia, não há programação para este ano. No entanto, o Executivo enfatiza o papel determinante do colono para o desenvolvimento social e econômico, extensivo ao agricultor, homenageado no dia 28.
“Como filho de agricultores, sei do esforço permanente daqueles que se dedicam para produzir o alimento servido diariamente em nossas mesas. Ninguém conhece esta terra como os nossos colonos. Quando vereador, sempre defendi pautas para a nossa zona rural e, hoje, como vice-prefeito, encontro a oportunidade de executar políticas públicas que melhorem a vida de quem vive no campo. A prefeita e eu, como gestores públicos, vemos nas ações concretas a forma de retribuir o tanto que a colônia nos proporciona com seus produtos, turismo e oportunidades”, afirma o vice-prefeito Idemar Barz.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Jair Seidel, reafirma o mérito do colono. “Considero o colono como elemento que desempenha uma das profissões mais importantes da sociedade. É ele que produz os alimentos para sobrevivência da humanidade e, sem o trabalho das famílias envolvidas no cultivo da terra, não haveria vida. Por isso, é indispensável que a gestão pública adote políticas de valorização da classe”.
A zona rural de Pelotas representa 88,48% do território do Município, correspondendo a 1,5 quilômetro quadrado de área. No entanto, concentra menos de 7% do total de habitantes de Pelotas (em torno de 22 mil moradores), conforme o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. A região colonial é dividida em oito distritos: Colônia Z3 (2º distrito), Cerrito Alegre (3º), Triunfo (4º), Cascata (5º), Santa Silvana (6º), Quilombo (7º), Rincão da Cruz (8º) e Monte Bonito (9º).
Para fortalecer o interesse na fixação do homem no campo, principalmente os jovens, incentivar empreendimentos e valorizar o colono, a Prefeitura tem cuidado da manutenção da infraestrutura viária (estradas, pontes, pontilhões e bueiros), fomentado a ampliação dos investimentos em agroindústrias, otimizado o turismo e promovido treinamentos e qualificação dos agricultores familiares em outras atividades, com cursos de eletrificação, mecânica, confeitaria e outros. Esse trabalho tem sido feito pela Secretaria de Desenvolvimento Rural.
A população da colônia local é diversificada. Os agricultores familiares são predominantes, representando 71,03% dos moradores, seguidos pelos pescadores artesanais (15,65%), pelos quilombolas (4,66%), e pelos assentados, indígenas e pecuaristas familiares (menos de 1%). Em 1970, 50% da comunidade gaúcha morava no campo. Hoje, o percentual é inferior a 10% e, em Pelotas, menos de 7%.
O Município desenvolve diversos programas de incentivo e valorização do morador da zona rural, como piscicultura, açudagem, recolhimento de embalagens de agrotóxicos, troca-troca de sementes de milho, correção do solo e outros, além de promover, a cada safra, as festas municipais do morango, da uva e do pêssego, divulgando o potencial produtivo do meio rural, atraindo visitantes, estreitando laços entre a colônia e a cidade. Orientação e indicação para assistência técnica também fazem parte das ações.
O Poder Público municipal está inserido no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com o foco voltado à promoção do acesso à alimentação e ao incentivo do desenvolvimento da agricultura familiar. A iniciativa permite a compra de hortifrutigranjeiros produzidos pelas famílias da zona rural, sem burocracia, para destinação a quem se encontra em situação de vulnerabilidade social.
Há, também, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que proporciona alimentação a estudantes da educação pública básica, com a compra de cerca de 50% dos itens da merenda escolar da agricultura familiar, incentivando a produção e oferecendo alimentos de qualidade.