
Em dois dias, Prefeitura recolhe 670 toneladas de lixo irregular em Pelotas
Em apenas dois dias, terça e quarta-feira (7 e 8) desta semana, a Prefeitura, por meio das equipes coordenadas pela Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui), recolheu 96 cargas de lixo descartado irregularmente. O período coincide com o novo contrato em vigor com a empresa vencedora da licitação para prestação de serviços de limpeza urbana no município. Estimativa da Secretaria é de que as 96 cargas correspondam a 672 toneladas de resíduos.
A quantidade impressiona. Para efeito de comparação: diariamente, o Sanep recolhe em média 300 toneladas de lixo doméstico no município. Em dois dias, portanto, foi recolhido um volume maior de resíduo irregular do que a coleta diária, que dispõe de horários, trajeto e agenda definidos.

Funcionário da equipe coordenada pela Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura recolhe lixo e galharia descartados irregularmente. Sob novo contrato de limpeza urbana em vigor, foram recolhidos 672 toneladas em dois dias (Fotos: Ssui/Secom)
“É preocupante recolhermos mais resíduos que o Sanep”, afirma o titular da Ssui, Mateus Consen. Apesar disso, o secretário está otimista quanto à evolução do serviço, principalmente quanto ao lixo descartado de forma irregular. Consen acredita que com o novo contrato, em que a atual gestão impôs um novo padrão de zeladoria, com planejamento visando empregar maior eficiência e otimização, deve diminuir a incidência de descarte e lixões. O secretário afirma que mais máquinas estão sendo empregadas e acredita que a população vai perceber em curto espaço de tempo que a cidade estará mais limpa. “É o principal efeito do novo contrato no recolhimento de entulhos, conforme avançarmos deve diminuir [lixões e descarte de lixo irregular] - agora os serviços de zeladoria têm a nossa cara”. disse.
Quanto ao aspecto de sujeira, que promove impacto negativo de ordem ambiental e estética na cidade, o secretário de Serviços Urbanos e Infraestrutura adota um tom mais cauteloso. “Se a população não tiver consciência de que qualquer lixo descartado de forma irregular gera impacto negativo na cidade, será um desafio muito grande não apenas para a nossa gestão, mas para qualquer outra imprimir um aspecto de cuidado e zelo com a limpeza urbana”, avalia. Ele prossegue: “A prefeitura recolhe, esse é o nosso papel, mas em hipótese alguma deve ser normalizado que as pessoas possam descartar lixo irregular na rua.”
As regiões do Areal e do São Gonçalo foram as que mais registraram incidência de descarte irregular de lixo nos primeiros dois dias sob o novo contrato. Móveis, restos de obra, galhação e lixo doméstico foram os resíduos mais encontrados pelas equipes coordenadas pela Ssui.