Prefeitura Municipal de Pelotas

A partir desta semana, os ensaios da Orquestra Estudantil Municipal e as aulas de música preparatórias para os novos integrantes acontecem na Casa 6 - à Praça Coronel Pedro Osório, 6, a convite da Secretaria de Cultura (Secult). A primeira aula do ano ocorreu na quarta-feira (2), quando integrantes da Orquestra se encontraram com os novos alunos, aprovados no processo de seleção do mês passado. Os ensaios gerais vão acontecer às sexta-feiras, a partir das 18h.

"Estou feliz demais com a ocupação da Orquestra Municipal na Casa 6, dando nova vida a este edifício histórico. Com isso criamos um espaço cultural dinâmico, que beneficia a comunidade enquanto o local se prepara para se tornar o Museu da Cidade. A Casa 6 é um patrimônio histórico e passa a abrigar um importante agente cultural, criando uma sinergia que valoriza ambos", destaca a secretária de Cultura, Carmem Vera Roig.

"Os ensaios são abertos aos pais e à comunidade, em geral, quem quiser pode vir conferir. A Orquestra existe desde 2018 e agora é que começa a tomar uma proporção maior. No final do ano passado conseguimos mais dois professores e agora esse espaço, na Casa 6", celebra a idealizadora e coordenadora do projeto Lys Ferreira.

Cerca de 50 novos alunos foram selecionados e irão frequentar as aulas até que estejam em condições de dominar a técnica do instrumento e o repertório e se juntar à Orquestra Estudantil Municipal. Assim, embora atualmente a Orquestra conte com cerca de 50 integrantes - que participaram de apresentações no ano passado e do Festival Internacional Sesc de Música, em janeiro deste ano -, tem potencial para dobrar esse número.

Professor Marcelo Valente dando a primeira aula de percussão para turma iniciante. Fotos: Divulgação

Depois de sete anos, o projeto passa a contar com outros dois professores da rede municipal de ensino, além de Lys, que ensina violino, viola e cello e faz a regência da Orquestra: Marcelo Valente, que vai dar aulas de violão, flauta e percussão; e Rodrigo Xavier, que dará aulas de violão, flauta e teclado. O processo seletivo de alunos que podem vir a integrar a Orquestra é anual, voltado a estudantes a partir do 4º ano do Ensino Fundamental (9 e 10 anos de idade), a maioria são crianças que têm interesse, mas nenhum conhecimento ou experiência.

"Quem não tem nenhuma experiência deve ingressar no início do ano, porque ali começamos do zero, mas é possível frequentar as aulas a qualquer momento e estudantes experientes em instrumentos musicais, dependendo do nível, podem se juntar à Orquestra Estudantil o ano todo", explica a coordenadora. Lys destaca que é um projeto que envolve cultura, saúde mental e educação e transforma a vida desses jovens, "muda radicalmente a experiência deles com o estudo e a escola".

A Orquestra foi criada em 2018, por iniciativa da Secretaria de Educação (Sme), depois que o secretário conheceu o trabalho dela com a Orquestra Estudantil do Areal, que Lys coordenava desde 2014, na Escola Estadual de Ensino Médio Areal, e convidou a professora para que formasse uma Orquestra Estudantil Municipal. O objetivo principal é desenvolver habilidades e conhecimentos para iniciar a atuação em conjuntos de câmara e orquestra, como forma de transformação social. A realização é da Sme, com apoio da Secult no espaço e logística.