
Equipes da Prefeitura concentram esforços no Laranjal
Nesta sexta-feira (31), durante reunião na sala de situação, a prefeita Paula Mascarenhas reafirmou a necessidade de monitoramento ininterrupto em relação aos volumes das águas da Lagoa dos Patos e do canal São Gonçalo, que apresentam condições estáveis, porém com níveis altos. Além das previsões de volumes significativos vindos da Lagoa Mirim.
"Continuamos em estado de alerta, os mapas das áreas de risco permanecem inalterados, devido aos níveis ainda elevados do canal São Gonçalo e da Lagoa dos Patos. O canal com a média de 2,89 metros e a Lagoa, com cerca de 2,30 metros. Além da lagoa Mirim que chegou a sua cota máxima, com cerca de 4,75 metros, traz ainda preocupação” destacou Paula.
Sobre as aulas na rede municipal, Paula anunciou o retorno na próxima segunda-feira (3). Algumas escolas ainda estão passando por limpeza e poderão recomeçar as atividades no turno da tarde, ou, no máximo, na terça-feira pela manhã. Inicialmente, 92 escolas retomam as atividades na próxima semana. Apenas a Emef Raphael Brusque, da Z3, e a Campos Barreto, do Laranjal, não têm previsão de retorno.
No Laranjal, ações de emergência foram intensificadas para melhorar o escoamento das águas. Conforme a diretora-presidente do Sanep, Michele Alsina, um trabalho de suporte extra está sendo realizado no Laranjal para auxiliar no escoamento das águas, já que a drenagem pela casa de bombas ainda está impossibilitada devido aos alagamentos do local. Segundo Michele, foi feita uma ação no balneário Santo Antônio, que não é drenada pela casa de bombas do Pontal da Barra, e sim por uma galeria na beira da praia. "O recuo da Lagoa quando estava em 2,20 metros permitiu que fosse colocada uma bomba puxada a trator e depois uma segunda bomba deu velocidade de vazão a toda essa bacia que pega parte da avenida José Maria da Fontoura", explicou.
A casa de bombas do Pontal está pronta para operar assim que os níveis dos mananciais permitirem. "Estamos tentando agora ampliar o barramento para impedir que essa água retorne e possamos colocar todas as bombas em funcionamento, as da casa de bombas ou as suplementares", disse Michele.

Contenções do dique foram removidas. Foto: divulgação.
Em relação aos diques, durante trabalho de monitoramento da Secretaria de Serviços Urbanos (Ssui), foi constatado que parte do dique do Pontal que havia sido reforçado com sacos de areia foi indevidamente reaberto com a remoção da nova contenção. Segundo a secretária de Serviços Urbanos, Lúcia Amaro, após a recomposição do dique, em setembro do ano passado, alguns pontos foram desgastados devido à passagem de animais (gado). No começo do ano, a contenção nestes pontos foi refeita com sacos de areia. No entanto, em vistoria realizada na quinta-feira (30), in loco, foi constatada a remoção dos sacos que foram espalhados por cima do dique para, possivelmente, a passagem de embarcações, facilitando o acesso ao Valverde, como foi flagrado durante a avaliação do local. Conforme a secretária, as equipes estão refazendo o trabalho nesta sexta-feira.
Defesa Civil de Angra dos Reis em Pelotas
Desde quarta-feira está na cidade uma equipe da Defesa Civil de Angra dos Reis (RJ). São nove profissionais de diferentes áreas, como Engenharia, primeiros socorros, agentes operacionais, logística, além de equipamentos como drones, botes e viaturas. Conforme o relações públicas da equipe, Lauro Oliveira, o grupo ficará cerca de 12 dias na cidade. Período que também servirá de experiência para os profissionais diante de um relevo diferenciado do que estão acostumados a lidar. "Já fizemos um reconhecimento da área para conhecer os locais e as áreas mais vulneráveis. Viemos para somar forças e ajudar o governo do estado, a prefeitura de Pelotas e, também, adquirir mais experiência por ser um relevo, uma geografia totalmente diferente da nossa região", observou Oliveira.

Equipe da Defesa Civil de Angra dos Reis (RJ). Foto: Rodrigo Chagas.
Acesso à Z3
No único acesso por terra à colônia de pescadores Z3, a estrada da Galateia, as equipes da secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) atuam desde o começo da semana na recuperação da via. Foram identificados 22 trechos intransitáveis formados por "bacias" de água das chuvas e também pelas que escoaram das granjas porque em muitos pontos não havia valetas. Depois dos trabalhos de melhorias para a drenagem, desde o começo desta sexta-feira, foi iniciada a colocação de rachão (material) da BR em direção à Colônia Z3. Nos pontos mais secos também foi feito o patrolamento. Os trabalhos seguirão até a trafegabilidade na estrada voltar a ter condições.