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Estudo da UFPel estima chegada do maior volume de água a Pelotas

Pesquisadores da UFPel preveem que dias mais críticos sejam entre segunda e quarta-feira

Por Alessandra Meirelles – MTb/RS 10052 11-05-2024 | 19:16:44

Da Sala de Situação no 9º Batalhão de Infantaria Motorizada (9°BIMtz) saem todas as previsões meteorológicas e de movimentações hídricas, assim como todas as orientações de evacuação, resgate e demais ações relativas à enchente da região, especialmente de Pelotas

Entre as equipes está o grupo de pesquisadores de modelagem matemática, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que desde o dia 1° de maio está reunido, trabalhando nas previsões de escoamento das águas da região metropolitana para o sul do Estado. Foi utilizado um modelo computacional desenvolvido nos Estados Unidos utilizado internacionalmente para prever inundações. A pesquisadora Daniela Buske explica que essas simulações indicam o volume de água que entrará em Pelotas e região. “Esse modelo foi calibrado e adaptado para a nossa situação, considerando a vazão da água desde Porto Alegre até o final da Laguna dos Patos e estimando os dias de maior inundação”. 

Fotos: Michel Corvello

Neste sábado (11), os pesquisadores apresentaram às autoridades e forças de segurança dados que incluem a área da Vila Farroupilha, que estava mapeada como de alerta, para área de risco – de laranja para vermelho. Outra informação indica datas, como a de segunda (13) a quarta-feira (15), quando a água acumulada no lago Guaíba deverá desaguar em maior volume em Pelotas pela Lagoa dos Patos.

O tempo para obter cada simulação pode demorar até 12 horas, devido à capacidade computacional e a necessidade de analisar todo o cenário. “Nós trabalhamos na simulação por horas para conseguir chegar no que temos hoje e tentar ver quanto tempo nós temos até que o volume principal de água, a grande vazão, chegue aqui na nossa região, principalmente em Pelotas”, explica a pesquisadora. 

Os pesquisadores afirmam que por Pelotas estar em uma região plana, será diferente das regiões de serra. “Aqui a água vai chegando devagar, em lâmina, não virá em onda”, diz Daniela. 

À medida que a água for chegando, mesmo que a Lagoa suba um pouco, ela se espalhará pelo terreno, fazendo com que se nivele em todas as áreas, sendo mais ou menos profunda de acordo com a altura do terreno. “A gente mostra esse mapa para que a população esteja ciente de que a área de risco apresentada pela Prefeitura está contida nessas manchas de inundação que o modelo nos fornece como resposta, ou seja, a água poderá chegar nessas partes marcadas em vermelho. Dependendo do vento e da quantidade de chuva, o volume pode ser maior ou menor, mas as áreas de risco estão corretas - se alguém está na área vermelha, nós sugerimos que não espere para sair de casa, que saia agora”, conclui a pesquisadora.

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crise climática, laguna dos patos, lago guaíba, planície

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