Região das praias e Z3 tem os pontos de alagamentos mais preocupantes com cerca de 160 pessoas desalojadas
Por Ascom 26-09-2023 | 18:41:59
A prefeita Paula Mascarenhas e equipes da Defesa Civil acompanharam, na tarde desta terça-feira (26), a situação de algumas localidades do Laranjal afetadas pelos alagamentos. Com as fortes chuvas registradas até o começo da tarde, a precipitação acumulada em setembro chega a 497 milímetros. Além da chuva, os ventos fortes e o aumento do nível da Lagoa dos Patos têm provocado inundações na região das praias. Na colônia de Pescadores Z3, a área mais prejudicada da cidade, o acesso pela estrada principal foi interrompido durante a tarde e a Escola Municipal Raphael Brusque teve as aulas suspensas para o prédio ser utilizado como mais um abrigo para moradores que precisaram sair de suas casas.
Durante toda a terça-feira, os níveis das águas se elevaram em pontos como nos canais próximo à rua Nova Prata e da ETE Laranjal, no Valverde. A prefeita esteve nos locais verificando a situação e informou aos moradores que as equipes de assistência estão à disposição para remoções e auxílio no que for preciso. "O solo está encharcado, as águas não estão fluindo e é possível, se o vento não mudar de direção e a chuva persistir, que as águas transbordem naquele canal da Nova Prata, mas, estamos monitorando permanentemente" disse Paula. As equipes da assistência social já estiveram conversando com os moradores daquela região e estão prontas para ajudar, com um abrigo emergencial estruturado caso seja necessário.
As fortes chuvas das últimas horas, aliadas ao vento leste, provocaram o represamento da Lagoa dos Patos e, por consequência, o aumento também do nível do canal São Gonçalo, que atinge 2,40 metros na régua de medição localizada no Porto.
Conforme os dados da Secretaria de Assistência Social (SAS), no final da tarde desta terça-feira, aproximadamente 300 pessoas continuavam fora de casa em Pelotas por causa das cheias. Na Colônia Z3, são 160 pessoas, em torno de 43 famílias, abrigadas em quatro alojamentos montados pela Prefeitura. A Emef Raphael Brusque começou a receber moradores que estão desalojados e, até o momento, 15 pessoas de cinco famílias já foram abrigadas no estão no local.
Conforme a Secretaria de Educação (Smed), as aulas que haviam retornado na Escola Raphael Brusque foram suspensas pela necessidade de utilização do prédio como abrigo. A Smed destinou aos estudantes da Z3, afetados pela enchente, pelo menos 30 kits de material escolar.
A secretária de Educação e Desporto, Adriane Silveira, explicou que, nesta terça-feira, todas as escolas estavam trabalhando, com exceção da Emef Bruno Chaves. Além da Raphael Brusque, na quarta-feira (27), não estarão em funcionamento as Emefs Bruno Chaves, Wilson Müller, Júlio de Castilhos, Honorina Torres. A recuperação das aulas será conforme calendário de cada comunidade escolar para reposição dos dias letivos.
A Secretaria de Assistência Social (SAS) informa que não há falta de nenhum suprimento nos alojamentos montados pela prefeitura. E que qualquer tipo de doação para os desabrigados podem ser feitas diretamente na sede da SAS, na Deodoro 404, nos batalhões da Brigada Militar, na avenida Bento Gonçalves; no Corpo de Bombeiros, na esquina das ruas Gomes Carneiro com Quinze de Novembro, e agências do Banrisul. A SAS reforça ainda que ninguém está autorizado a pedir doações em nome da prefeitura e que quem puder faça suas doações nos locais já definidos.
A Secretaria de Assistência Social informa os contatos para a solicitação de resgate, abrigo ou ajuda com aquisição de algum tipo de suprimento: alimentos, água, lonas ou telhas.
153 – número da Guarda Municipal que aciona a Defesa Civil
193 – número dos Bombeiros