O trabalho realizado em Pelotas, pelo programa da Justiça Restaurativa, esteve na pauta de mais da reunião da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), nesta terça-feira (29). A prefeita Paula Mascarenhas detalhou a experiência da cidade na formação de grupos de facilitadores, para os círculos da construção da paz, na rede escolar e em outras áreas, aos prefeitos da região. A intenção é estimular os gestores a aderirem às capacitações em suas prefeituras, em curso que será oferecido pela Associação. 

A prefeita relatou a origem da iniciativa, desde o primeiro contato que teve com a proposta por meio do coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Pelotas (Cejusc), juiz Marcelo Malizia Cabral, em 2013. Paula detalhou o desenvolvimento do tema e sua inserção no Pacto Pelotas pela Paz, em 2017. Para a gestora, a mediação, o diálogo e o compartilhamento de ideias e ações são base para a solução de conflitos de diferentes ordens, especialmente no que diz respeito ao aprimoramento da administração pública e dos servidores.

"Naquela época, eu não poderia imaginar que essa ferramenta seria algo tão potente. É uma estratégia de solução de conflitos possível de se aplicar em diferentes áreas e grupos. É um espaço que permite às pessoas serem ouvidas, enxergadas, entendidas, tenham um momento de protagonismo, falem de si mesmas, onde as questões de relacionamentos humanos ficam postas e faz muito bem a elas e a todo o grupo, o que acaba sendo uma importante estratégia para o fortalecimento de equipes de trabalho", disse Paula. 

Na sexta-feira (25), Pelotas formou mais 28 facilitadores da Justiça Restaurativa, dentre os quais estão servidores da Educação, Assistência Social e Saúde. Desde o começo das capacitações, a cidade já habilitou, aproximadamente, 200 profissionais para atuarem com a metodologia dos círculos da construção da paz.

O vice-prefeito Idemar Barz, e a Chefe de Gabinete, Kelli Baum, acompanharam a prefeita na reunião. 

O que é Justiça Restaurativa?

A proposta da Justiça Restaurativa é uma metodologia oriunda dos países da América do Norte, desenvolvida no Brasil há mais de 13 anos. Ela tem o objetivo de reduzir a incidência de conflitos, por meio do diálogo, antes que eles tomem maiores proporções.