A prefeita Paula Mascarenhas prestigiou a cerimônia de abertura da 50ª edição da Feira do Livro de Pelotas. O evento que neste ano tem como patrono o advogado e professor José Luís Marasco Cavalheiro Leite, e contou como orador na solenidade o governador Eduardo Leite, seu filho, foi realizado na noite de quinta-feira (31) na tenda cultural da Feira, na praça Coronel Pedro Osório. A Feira do Livro de Pelotas segue até o dia 17 deste mês, das 13h às 21h, com uma vasta programação diária, que inclui apresentações culturais, conversas literárias e sessões de autógrafos.

Em sua última Feira do Livro como prefeita de Pelotas, Paula destacou na cerimônia de abertura o tema desta edição, “Contectando Gerações” (não por acaso os papéis de patrono e orador foram divididos entre pai e filho), o fato de ser a 50ª edição, mas, principalmente, a importância da leitura e da familiaridade com os livros para a construção de uma sociedade mais saudável e democrática. Disse Paula: “O livro é esse instrumento fantástico que abre portas, que abre possibilidades, que traz conhecimento, que liberta, que constrói uma sociedade mais saudável, mais justa, mais igualitária, mais desenvolvida em todos os pontos de vista. E é isso que representa a nossa Feira do Livro.” A prefeita salientou também a figura do patrono, a quem qualifica como um amigo “muito querido” e pelo qual nutre admiração e afeto, e, professora por formação, insistiu pela presença maciça da população no evento: “Não deixem de vir. A feira começou aqui na Praça Coronel Pedro Osório e está esperando por vocês. Os livros estão aqui esperando por cada um de vocês. Venham!”

A prefeita Paula Mascarenhas discursa na solenidade de abertura da 50ª Feira do Livro de Pelotas, na noite de quinta-feira, na praça Coronel Pedro Osório. Evento vai até o dia 17 deste mês, com programação diária das 13h às 21h (Fotos: Michel Corvello)

Primeiro a falar, como manda a tradição da cerimônia de abertura, o patrono desta edição não conteve a emoção em vários trechos do discurso. Principalmente quando mencionou ter entregue à vida pública “um cidadão de caráter reto e insuspeitadas virtudes cívicas”, em referência ao filho Eduardo Leite. Porém, admitiu que o atual momento é marcado por incertezas. “Cresce um envolvente culto à ignorância tão comum e característico de ideologias totalitárias, que costumam fazer do livro, este perigoso instrumento civilizatório, a sua primeira vítima - e após queimar livros, queimam-se pessoas”, advertiu Marasco, citando o poeta alemão Heinrich Heine. 

O patrono da 50ª Feira do Livro de Pelotas, José Luís Marasco, toca a tradicional sineta que simboliza a abertura oficial do evento, na noite de quinta-feira na praça Coronel Pedro Osório, seguido pelo governador Eduardo Leite, seu filho, e a prefeita Paula Mascarenhas

Orador desta edição, o governador Eduardo Leite retribuiu o carinho paterno assinalado no discurso. Lamentou não dispor do tempo que gostaria para refletir sobre os desafios impostos à sociedade por força da agenda política, mas garantiu que sempre procura encontrar espaço para uma boa conversa com o patrono da 50ª Feira do Livro. “As reflexões que tenho com meu pai são sempre excepcionais, cresci obviamente ao lado dele, observando a dedicação pelo conhecimento, a crença no valor da leitura como farol do desenvolvimento humano, e hoje, ao vê-lo como patrono desta Feira, sinto que a história da nossa família está profundamente enraizada na cultura e no valor inestimável do saber - meu pai é, sem dúvida, um dos maiores responsáveis por eu estar aqui”, afirmou.

O governador Eduardo Leite, orador da cerimônia de abertura da Feira do Livro de Pelotas, posa para fotos com visitantes do evento na praça Coronel Pedro Osório na noite de quinta-feira

Também estiveram presentes na solenidade os secretários estaduais de Cultura, Beatriz Araújo, e de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, o secretário municipal de Cultura, Paulo Pedrozo, e demais secretários do município.