Pacientes têm levado 11,5 dias para ter acesso ao primeiro atendimento. Média em todo o ano passado era de 35

Prefeitura reduz tempo de espera para consulta oncológica

Pacientes têm levado 11,5 dias para ter acesso ao primeiro atendimento. Média em todo o ano passado era de 35
Por Roberto Ribeiro 08-04-2025 | 15:38:01
Tags: Menos filas, Mais agilidade, Atendimento, SUS

A fila andou na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). E exatamente onde é preciso. Nesta terça-feira (8), Dia Mundial de Combate ao Câncer, a Prefeitura anuncia redução na fila para a primeira consulta oncológica via SUS em Pelotas. Desde março, graças ao trabalho intenso de gestão na regulação da demanda e da oferta de serviços, bem como na negociação com prestadores de serviço de oncologia, que o tempo de espera para acesso à primeira consulta oncológica registra queda. Pacientes considerados prioridade 1 estão levando 11,5 dias para serem atendidos. Em todo o ano passado levava-se mais de um mês: o tempo médio era de 35 dias. 

Conforme a SMS, o avanço, em pouco mais de três meses de gestão, também contempla pacientes classificados nos critérios de prioridade 2 e 3. No primeiro caso, o tempo médio de espera em quase cem dias de gestão é de 38,8 dias para ter acesso à consulta. No segundo, 60,2. Em 2024, o paciente era obrigado a aguardar 50 e 81 dias, respectivamente. 

Os dados animam a secretária Ângela Moreira Vitória, já que o resultado incide exatamente onde o problema ocorre no serviço público de saúde: o tempo de espera. Sobretudo porque no caso da oncologia o caminho é longo e precisa ser feito no menor tempo possível. Para chegar até a consulta oncológica o paciente primeiro precisa passar por um clínico geral, que por sua vez encaminha a um especialista diante de uma suspeita, que invariavelmente solicita exames. Só depois de confirmada a suspeita ou o diagnóstico, que se entra na fila da oncologia. 

“Conseguimos agilizar as consultas, o que só foi possível graças a muita energia de gestão, porque é preciso assegurar o menor tempo de espera possível para o paciente ter acesso à primeira consulta com o especialista, porque se ele não tiver isso, não tem mais nada”, celebra Ângela. Conforme a secretária, o resultado foi alcançado com reuniões intensas com prestadores, Hospital Escola (HE-UFPel) e Santa Casa de Misericórdia, bem como na atualização da regulação. Em resumo: gestão de informação e acompanhamento de prestação de serviços. 

“À medida que nossa equipe começa a qualificar o setor de regulação da Secretaria, medindo todo o dia a fila e a oferta de serviços, como fizemos sem parar durante todo janeiro, fevereiro e março, e em contato direto com os prestadores, reduzimos drasticamente a demanda reprimida a partir do início do mês passado”, comemora.

No entanto, a titular da SMS reconhece: apesar de celebrar os números, “não está tudo resolvido”. Ela reitera que o papel da gestão é esse, disponibilizar os serviços no menor tempo possível. Para isso, a política de investir na regulação será ainda mais intensa nos próximos meses, a fim de garantir transparência nas informações e nos processos para ter clareza sobre os pontos que merecem mais atenção e intervenção da equipe. “Encontramos um modelo que nos indica um caminho no que diz respeito à gestão”, afirma. “Apesar das limitações de toda ordem, a regulação é uma ferramenta imprescindível neste cenário”, confia a secretária. 

Para além, ela assegura que a SMS seguirá trabalhando pelo acesso a exames de quimioterapia e pelos demais serviços solicitados pelos especialistas. “Para nós, que estamos no dia a dia lutando para qualificar os atendimentos via SUS, o tom merece ser comemorativo sim, mas ainda há muito por fazer - e não descansaremos.”

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