
Prevpel lota auditório com ciclo de palestras sobre câncer de mama
No âmbito das atividades do Outubro Rosa, organizadas pelo Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Pelotas (Prevpel), o ciclo de palestras sobre câncer de mama ocorreu na manhã desta sexta-feira(17) e atraiu um grande público no auditório do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP/UFPel). Foram compartilhados relatos de duas mulheres que passaram pela doença e realizadas apresentações de profissionais da saúde, abordando temas como cuidados paliativos, fatores de risco relacionados ao câncer de mama, questões jurídicas pertinentes aos direitos dos pacientes e aspectos psicológicos, que afetam tanto os doentes quanto seus familiares.
Fotos: Manuela Santos/Secom
A médica Raíssa Marques, em sua fala, ressaltou que o câncer de mama é uma das doenças que mais acometem as mulheres no Brasil, só perdendo para os tumores de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), prêve 73 mil novos casos no país, de 2023 a 2025.
Ela também citou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam que uma em cada oito mulheres vai ter câncer de mama. Entre os fatores de risco, os estudos destacam os modificáveis (que é possível alterar) e os não modificáveis - como idade, sexo, genética e hereditariedade, primeira menstruação muito cedo, ou menopausa muito tarde, origem, densidade mamária alta, pacientes que já tiveram câncer de mama, ou que irradiaram o tórax antes dos 30. Entre os fatores que podemos mudar estão a obesidade, o consumo de álcool, o sedentarismo, o tabagismo, o uso de terapia de reposição hormonal e os níveis elevados de estrogênio.
Raíssa relacionou os sintomas da doença - a pele endurecida da mama, alguma retração, crosta ou ferida no mamilo, secreção sanguinolenta que saia pelo mamilo, ondulação ou protuberância, alteração na forma da mama, pele avermelhada, ou algum nódulo que se possa palpar - e destacou que quanto antes for diagnosticado, maior a chance de cura. A médica enfatizou que, a partir dos 40 anos, toda mulher deve fazer mamografia, mesmo qe não apresente sintomas.
O médico paliativista Tiago Mass falou sobre os cuidados que o doente deve ter na fase final da sua vida, onde os medicamentos para a doença já não fazem mais efeito. No mundo, 18 milhões de pessoas, dados de 2023, morrem sem acesso a cuidados paliativos. Anualmente, 57 milhões de pessoas necessitam destes cuidados. "Em 2024, foi feito o lançamento, pelo SUS, da politica nacional de cuidados paliativos, depois de décadas de luta", afirmou ele, o que significa financiamento público para formar equipes.
O encontro também incluiu apresentações da advogada Maria Emília Valli Büttow e da psicóloga Luísa Montagner Pereira Mesko. A abertura do evento foi marcada pela presença do diretor-presidente do Instituto, Renato Mendonça Abreu, da diretora administrativa do Hospital Universitário São Francisco de Paula, Karen Ferreira, e da secretária de Saúde, Ângela Vitória.