O secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues, participou, na noite de quinta-feira (27), no auditório da Reitoria (Campus Anglo), do I Encontro Aberto para a Construção de um Protocolo de Prevenção e Combate a todas as formas de Violência – como racismo, capacitismo, xenofobia, machismo, sexismo, misoginia, homofobia, lesbofobia, transfobia, intolerância religiosa e (neo)nazismo, entre outras – na UFPel (Universidade Federal de Pelotas). Domingues reiterou o compromisso da Secretaria em apoiar o trabalho. 

“Tenho conversado com a Reitoria e entendo que o conhecimento acadêmico pode ser fundamental para a construção de políticas públicas de igualdade racial”, disse Domingues, em sua intervenção.

Secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues. Foto: Divulgação/UFPel

O secretário lembrou que é egresso da instituição, onde formou-se em Sociologia, parabenizou a UFPel pela iniciativa e salientou que, desde que o episódio de racismo contra o funcionário terceirizado da UFPel se tornou público, esteve em contato com a Universidade para conhecer as medidas que seriam adotadas e se colocar à disposição para apoiar iniciativas que venham a ser desenvolvidas. 

Promovido pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), o evento estava programado para ocorrer em março, mas foi antecipado após a grande repercussão de um episódio de racismo contra um motorista que presta serviços para a Universidade, dentro de um grupo de mensagens de acadêmicos. A pró-reitora Daiane Molet destacou a indignação da instituição diante do caso de racismo e enfatizou que a UFPel precisa estabelecer mecanismos para combater todas as formas de violência, construindo políticas para o enfrentamento, a orientação e suporte às vítimas. Reitora da UFPel, Ursula Rosa da Silva disse que é necessário que a Universidade esteja ao lado das pessoas para que elas possam buscar seus direitos. 

Domingues lembrou que, após graduado, participou das discussões que precederam a implementação das cotas raciais na UFPel, ao lado dos movimentos sociais. “Agora, noto novamente um interesse da contribuição destes grupos para a construção de iniciativas para o combate às violências diversas. Isso é muito importante, pode nos permitir avançar em uma série de políticas”, avaliou. O secretário salientou a importância de que a universidade esteja ao lado do movimento negro, tanto no combate à intolerância e às violências cotidianas como na formulação de políticas públicas para os processos de acesso e permanência da população negra, das mulheres e da comunidade LGBT nos espaços acadêmicos.

O diretor-executivo da Secretaria de Igualdade Racial, Márcio Bernardino da Silva, acompanhou o secretário Domingues.