Cerca de 100 alunos, de 1º e 2º anos, têm uma rotina diferenciada de aprendizado, que inclui reforço de matemática e português, aulas de espanhol e inglês, artes plásticas, literatura, teatro, dança, música, meio ambiente e projeto esportivo
19-09-2019 | 18:04:45
Após um mês e meio da implantação do turno integral na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dr. Mário Meneghetti, no Getúlio Vargas, os resultados positivos já são evidenciados no cotidiano da comunidade escolar e, principalmente, no desenvolvimento dos alunos que, agora, estão inseridos em uma rotina dinâmica de aprendizagem. Uma série de melhorias foi feita pela Prefeitura, em parceria com a direção do educandário, para ampliar e qualificar a estrutura, a fim de possibilitar um ambiente mais adequado ao ensino dos pequenos. A Mário Meneghetti e a Emef Dona Maria Joaquina, na zona rural, são as primeiras escolas de turno integral da rede municipal de ensino.
A prefeita Paula Mascarenhas visitou a escola nesta quinta-feira (19) para ver de perto as mudanças que beneficiam cerca de 100 alunos de quatro turmas de 1º e 2º anos. As crianças permanecem durante o dia no local, em uma rotina repleta de atividades intercaladas, que inclui reforço de matemática e português, de forma lúdica; aulas de espanhol e inglês, artes plásticas, teatro, dança, música, meio ambiente; e projetos de esporte e literatura. Paula também aproveitou para inaugurar o novo laboratório de informática da Mário Meneghetti, que será importante para aprimorar as práticas pedagógicas e, sobretudo, as aulas de robótica que encantam os estudantes.
“É um sonho que estamos realizando; um compromisso que tínhamos com o povo de Pelotas”, afirmou Paula, satisfeita ao evidenciar o entusiamo dos alunos com a novidade.
Entre os estudantes, Mellany, de 6 anos, foi enfática ao definir o momento para a prefeita: “É a melhor aula da minha vida”, disse a pequena. A prefeita lembrou a recente parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), que viabiliza a capacitação de 118 professores da rede municipal na metodologia de educação do Sesi.
“Queremos seguir estimulando nossos alunos com a tecnologia e a robótica, que é o que as melhores escolas do mundo estão proporcionando aos seus estudantes. Fico muito feliz por estarmos fazendo isso no ensino público de Pelotas”, afirmou Paula, destacando a expectativa do Município de ampliar o turno integral na instituição do Getúlio Vargas e, ainda, implantar em outros dois educandários municipais. “A gente espera que, aos poucos, toda a nossa rede possa oferecer esta qualidade para as crianças e jovens”, concluiu.
Cerca de 20 alunos de 2º ano da Emef estrearam a sala com 26 computadores, instalados pela Prefeitura. Destes, 20 foram adquiridos pela Secretaria de Educação e Desporto (Smed) – um investimento de, aproximadamente, R$ 70 mil – e outros seis foram recuperados pelo setor de informática. Internet, impressora e novo mobiliário compõem o laboratório, que foi reformado para melhor atender aos alunos.
A estrutura sediará um dos Clubes de Computação Criativa do Município, sob a responsabilidade da professora Márcia Vargas. Em julho, a Prefeitura destinou 80 kits de microbits – o “coração do robô” – para seis escolas das zonas urbana e rural que mantêm o projeto – entre elas, a Mário Meneghetti.
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O início do turno integral não foi fácil, conta a diretora Bianca Aires. O período de organização da nova rotina de atividades e de adaptação das crianças ao atual horário demandou dedicação, esforço e sensibilidade do corpo docente, sobretudo, dos 17 professores e dos monitores envolvidos com o sistema. Passados quase dois meses da nova fase, a diretora comemora os bons resultados alcançados e vislumbra um futuro onde mais crianças possam ser beneficiadas.
“Se continuarmos com essa boa parceria entre escola e Prefeitura, tem tudo para dar certo com todas as formas, de forma gradativa, com o passar do tempo”, opinou Bianca, que atribuiu ao sucesso do projeto o aumento pela procura de vagas nos 1ºs e 2ºs anos da escola. Ela lembra que adaptações foram necessárias neste período, como a decisão de concentrar as aulas do Núcleo Comum em mesmo turno.
As alterações vêm refletindo no desenvolvimento dos estudantes, de acordo com a diretora, que nota-os mais autônomos e disciplinados. O zelo e carinho dos professores e monitores também foi apontado por Bianca como determinantes para a eficiência do turno integral. “Alguns ainda estranham passar todo o dia aqui, então damos uma atenção especial; é como um cuidado de mãe”, disse.
A participação das famílias é outro ponto valorizado pela escola. Bianca explica que a Emef realizou uma reunião com elas, no primeiro mês, para avaliar o andamento das atividades. “O que evidenciamos é que as famílias abraçaram a ideia e consideram a implantação maravilhosa; elas demonstram estar bastante felizes”, frisou.
No educandário, os 100 alunos recebem três refeições diárias: café da manhã, almoço e lanche da tarde. A expectativa é de que, no próximo ano, três turmas de 3º ano (cerca de 75 alunos) sejam incluídas no turno integral da instituição.
A Smed também planeja construir outras salas de aula na escola, a fim de qualificar a estrutura para recepcionar os estudantes, informou o secretário Artur Corrêa. Atualmente, um dos ambientes é reformado para acolher uma sala específica para a prática de atividades artísticas, como desenho e pintura. Paralelo às melhorias físicas, projetos do Pacto Pelotas pela Paz chegam ao educandário para aprimorar o ensino e contribuir para a prevenção da violência.
O programa Conte Comigo e os Círculos de Construção da Paz, da estratégia de Justiça Restaurativa, já fazem parte da rotina do educandário.
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