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Cápsula do tempo passa por limpeza e estabilização

Ainda não há previsão de término dos trabalhos. Caixa é limpa, registrada por meio de fotos e adaptada ao meio atual

Por Salvador Tadeo – MTB 7353 08-05-2019 | 11:16:10

Por determinação da prefeita Paula Mascarenhas, começaram, nesta quarta-feira (8) pela manhã, os trabalhos de limpeza externa, registro fotográfico e estabilização da cápsula do tempo, que estava em uma urna, enterrada há 88 anos e encontrada na tarde de terça (7), sob o monumento à Miss Universo pelotense Yolanda Pereira, na praça Coronel Pedro Osório. Os serviços são desenvolvidos no Salão Nobre da Prefeitura pelos restauradores do Museu da Baronesa, Fabiane Rodrigues Moraes e Marcelo Hansen Madail. Segundo os profissionais, ainda não é possível determinar uma data de término.

“Primeiramente, precisamos estabilizar a caixa, já que ela está consolidada pelo tempo que permaneceu embaixo da terra”, ressalta Fabiane. Com o passar das décadas, a ferrugem externa corroeu parte da pintura original do relicário que, segundo registros, era esmaltada de azul e ouro. Aos poucos, os especialistas estão conseguindo identificar parte da cor azul no lado esquerdo inferior da caixa.

O passo posterior à cuidadosa limpeza externa é estabilizá-la ao ambiente atual, para somente depois pensar como será feita a abertura. “O que podemos observar, além da consolidação da peça, a oxidação do ferro, é que de ontem para hoje já ocorreu a alteração da coloração da cápsula em virtude da redução da umidade”, constata Fabiane. Quando for possível abri-la, os restauradores terão de avaliar, também, questões como umidade interna e iluminação, capazes de acelerar o processo de decomposição do material que está dentro do objeto.

Restauradores do Museu da Baronesa, Fabiane Rodrigues Moraes e Marcelo Hansen Madail, sob supervisão da prefeita – Fotos: Janine Tomberg

Descoberta

A descoberta da possibilidade da existência da cápsula foi levantada pelo pesquisador Guilherme Pinto da Almeida, de iniciativa do projeto Otroporto, e publicada no Almanaque do Bicentenário de Pelotas (2012). Depois de saber de sua existência, ele fez um levantamento dos periódicos de três anos – 1979, 1980 e 1981 – e não encontrou nenhum registro de que tivesse sido desenterrada.

Aproveitando que a praça Coronel Pedro Osório está em obras de requalificação, o governo municipal decidiu averiguar a possibilidade levantada por Almeida e teve acesso à cápsula pela lateral da base do monumento a Yolanda Pereira.

 Confira estas e outras fotos da reportagem, em alta resolução, neste link do Flickr da Prefeitura. 

Tags

tempo, cultura, yolanda pereira, cápsula, limpeza, registro fotográfico, estabilização, preparo à abertura

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