A avenida Saldanha Marinho, localizada no Centro, entre as ruas Lobo da Costa e Dom Pedro II, passa por requalificação. Das 96 árvores, 72 serão mantidas e, nelas, são realizadas intervenções de tratamento fitossanitário, que incluem poda e limpeza, e valorizam o espaço.

Das demais indicadas para supressão, 21 estão condenadas por doenças e apodrecimento. Para lembrar, parte de uma delas caiu por si só há poucas semanas.

Todo o trabalho fundamenta-se em laudos. Há árvores que precisam ser retiradas em razão dos riscos – Fotos: Janine Tomberg

A Prefeitura está à frente do projeto de revitalização da via, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). O secretário Roberto Ramalho informa que as intervenções nas árvores são realizadas por empresa especializada, contratada pela Construtora Pelotense, que executa as obras.

“Não há como preservarmos problemas. Existem árvores que têm de ser retiradas, pois representam riscos. Todo o trabalho está fundamentado em laudos e conta com acompanhamento de biólogos e assistentes sociais”, afirma o secretário.

O que vai mudar

A avenida Saldanha Marinho, entre as ruas Lobo da Costa e Dom Pedro II, terá os espaços transformados para melhor utilização pela população. Entre os equipamentos urbanos que serão instalados, constam academia ao ar livre e playground, opções de uso coletivo.

Iluminação por sistema LED, caminhos pavimentados nos canteiros centrais – uma espécie de calçadão – e paisagismo fazem parte do projeto, além de alargamento dos passeios em algumas esquinas, piso tátil e acessibilidade a usuários. No mobiliário, estão previstos bancos, lixeiras e bicicletário.

A partir do plano da mobilidade, haverá a sinalização revitalizada, e novos abrigos de ônibus serão implantados, para proporcionar mais conforto aos usuários.

Preservar e valorizar

O canteiro central da Saldanha Marinho conta com dois prédios do patrimônio histórico. Equipe da Seplag, durante análise técnica, constatou que eles sofrem de problemas crônicos causados por árvores mal localizadas, que acabam comprometendo, principalmente, calhas e telhados (telha francesa), além de outras partes da estrutura.

 “Nenhuma árvore será retirada sem motivo”, garante Ramalho, informando que, para compensar as supressões e dotar o local de espécies adequadas, 616 arbustos serão plantados. O crescimento desordenado de árvores e raízes passa por correções. A própria iluminação por LED, que exige tubulação subterrânea, precisa de ações em raízes para ser viabilizada. Os trabalhos, em sua integralidade, seguirão com acompanhamento técnico.

Ajuda à Santa Casa

Toda a madeira resultante dos cortes de galhos e retiradas das árvores da via pública serão destinadas à Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, para utilização como lenha nas caldeiras da instituição. A Prefeitura, por intermédio da Seplag, firmou compromisso de doar o material.