Em menos de 24 horas profissionais da saúde atenderam ao chamado da Prefeitura de Pelotas
24-03-2020 | 16:52:36
Mais de 100 pessoas preencheram o cadastro para atuarem de forma voluntária, em caso de necessidade, no combate ao novo coronavírus em Pelotas. O chamamento começou a ser feito na tarde de ontem (23) pela Prefeitura e teve a resposta quase imediata de muitos profissionais da área da saúde. A ideia da Secretaria da Saúde é garantir a substituição imediata dos trabalhadores que irão atender aos infectados pelo vírus causador da COVID-19.
Com a criação de alguns serviços, como a Central de Triagem e a Teleconsulta, será realizado um remanejamento dos profissionais que atuam no atendimento da população, fazendo com que outros assumam esses postos voluntariamente. Também é previsto que haverá necessidade de garantir o período de descanso dos trabalhadores e de isolamento para possíveis infectados.
"Os voluntários serão encaminhados para áreas em que tiverem experiência, por isso iremos analisar todos os currículos", explica a secretária de Saúde Roberta Paganini, que não escondeu a satisfação em saber da disposição dos profissionais pelotenses em ajudar ao poder público.
A secretária destaca que os voluntários só serão chamados em caso de necessidade para trabalhar em ações de controle e combate à doença.
Uma das 100 pessoas que se cadastrou como voluntária é a enfermeira Gimene Machado. Filha de médicos, ela diz que não pensou muito depois que leu sobre a convocação. Mesmo trabalhando em uma clínica privada, resolveu se colocar à disposição da comunidade. "Se alguém tem que ajudar, em um momento como esse, somos nós profissionais da área da saúde", diz a enfermeira.
Quem quiser ser voluntário, em Pelotas, na força-tarefa contra o vírus causador da COVID-19 deve se cadastrar online no hotsite criado exclusivamente para fornecer informações sobre o vírus (pelotas.com.br/coronavirus). Na aba “voluntário da saúde” é preciso preencher o nome, telefone, e-mail, formação, especialidade, ano de formação e currículo. O voluntário também precisa informar se tem experiência no atendimento de pacientes em estado grave, se faz parte do grupo vulnerável ao vírus (acima de 60 anos e/ou portador de comorbidades) e se é funcionário público.