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Município prepara medidas para enfrentamento à Monkeypox

Um plano municipal de contingenciamento e enfrentamento à doença, que ainda não tem casos registrados em Pelotas, está em finalização pela Secretaria Municipal de Saúde, que iniciará, na próxima semana, capacitações com profissionais das redes pública e...

Por Marina Amaral 19-08-2022 | 18:51:28

A prefeita Paula Mascarenhas reuniu-se, nesta sexta-feira (19), de forma virtual, com os membros do Comitê de Enfrentamento do Município, para tratar sobre a organização, que já está em andamento em Pelotas, para o combater a Monkeypox, conhecida como Varíola dos Macacos. Um plano de contingenciamento e enfrentamento está em finalização pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e, a partir da próxima semana, será iniciada a capacitação das equipes das redes pública e privada de saúde, a fim de se preparar para o combate à doença que ainda não tem casos registrados na cidade.  

“O Comitê de Enfrentamento é um grupo essencial para analisar questões sanitárias importantes para o Município. Estamos começando a nos organizar e fazendo os procedimentos necessários para enfrentar essa doença, e vamos colocar toda a população a par do que está sendo feito”, afirmou a chefe do Executivo pelotense. 

Apesar do vírus monkeypox, que transmite a Varíola dos Macacos, ser comprovadamente menos letal que o coronavírus, por exemplo, a doença foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, foi confirmada a transmissão comunitária, pela Secretaria Estadual de Saúde, no Rio Grande do Sul. 

A partir de segunda-feira (22), estará disponível o plano de contingenciamento e enfrentamento do Município, e terão início as capacitações dos profissionais de saúde. A expectativa da SMS é que a Atenção Primária e as equipes Ambulatoriais sejam as mais demandadas caso a doença chegue em Pelotas. Por isso, a importância de instruir esses trabalhadores da rede, principalmente, em relação ao isolamento e monitoramento de casos. Também serão realizadas ações com os grupos de risco, que são gestantes e pacientes imunossuprimidos. 

Perguntas e respostas sobre a Monkeypox

O que é a Varíola dos Macacos?

A Varíola dos Macacos - transmitida pelo vírus monkeypox - é uma doença zoonótica viral com sintomas muito semelhantes aos da varíola. A doença não tem nenhuma relação com macacos. 

Como ocorre a transmissão?

O vírus é transmitido aos seres humanos a partir do contato com animais ou humanos infectados, e com material corporal humano que contenha o vírus. 

Qual o tempo de incubação do vírus?

Segundo a OMS, o vírus pode ficar incubado de seis a 16 dias, podendo esse período se estender por até 21 dias. 

Como evitar a infecção?

Em caso de suspeita da doença, a instrução é que a pessoa mantenha o isolamento imediato e siga as devidas recomendações, prestadas pelos profissionais de saúde, que também devem orientar os que cohabitam com esse paciente sobre os cuidados de prevenção.

O isolamento deverá ser mantido até que todos os sintomas e lesões na pele tiverem desaparecido. Não havendo complicações no quadro de saúde, pode ser feito isolamento domiciliar, desde que mantidos os cuidados de precaução para evitar o contato com as lesões e as gotículas produzidas pelo infectado.

O paciente não deve compartilhar objetos, o ambiente em que ele estiver deve ser arejado e todos aqueles que estiverem no mesmo local devem usar máscara, evitando o contato, inclusive o doente. 

Estou com sintomas, como devo proceder?

Caso o cidadão apresente algum sintoma da doença, é recomendado que entre em isolamento imediatamente e avise os setores de atendimento médico da sua localidade. 

Como funciona a testagem para a detecção do vírus?

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico para a Varíola dos Macacos é feito exclusivamente por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral de partes específicas do vírus.

Esse sequenciamento é necessário nos casos que o teste PCR não identificar diretamente o vírus da Varíola dos Macacos – e sim o gênero ao qual ele pertence, o dos Orthopoxvirus. 

Testei positivo, e agora?

Se o resultado do exame for positivo, o paciente infectado precisa ficar em isolamento por cerca de três semanas, além de se manter hidratado e bem alimentado. Se estiver com dor de cabeça, poderá tomar um remédio analgésico, e se apresentar febre poderá ingerir um antitérmico, conforme orientação médica. Também é necessário higienizar as lesões diariamente e utilizar máscara de proteção fora do ambiente de isolamento. 

Como funciona o isolamento neste caso?

No caso de suspeita da doença, o indivíduo deve ficar em isolamento imediatamente. A liberação só é feita após o desaparecimento completo das lesões. Se não houver complicações, a restrição pode ser em domicílio. 

Como posso me prevenir do vírus?

Mantenha o distanciamento necessário, use máscara em ambientes compartilhados e higienize frequentemente suas mãos. 

Flexibilização do uso de máscara no transporte coletivo

Durante o encontro com o Comitê de Enfrentamento, também foi decidida a flexibilização do uso de máscara no transporte coletivo municipal. Um decreto será publicado na segunda-feira (22), a fim de regulamentar a nova regra para os ônibus das zonas urbana e rural, tornando recomendada a utilização da máscara. A obrigatoriedade da proteção facial em Pelotas poderá ser retomada a qualquer tempo, dependendo da situação sanitária, especialmente considerando o avanço da Monkeypox.

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monkeypox, comitê de enfrentamento, medidas, perguntas e respostas

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