O Comitê Integrado de Prevenção (CIP) se reuniu, na tarde desta terça-feira (24), para alinhar ações e encaminhar demandas relativas a dois programas vinculados ao eixo preventivo do Pacto Pelotas pela Paz. Um dos pontos abordados pelo assessor especial e coordenador do Pacto, Samuel Ongaratto, foi a estruturação do Justiça Restaurativa – conjunto de práticas que visam à resolução de conflitos através do diálogo, em parceria com o Poder Judiciário.

Debate incluiu a viabilidade de formar nova turma de facilitadores de Justiça Restaurativa — Fotos: Gustavo Vara

      No encontro, foi avaliada a proposta de estabelecer uma coordenação geral para o programa, bem como quatro frentes de atuação: gestão nas escolas; nos condomínios; no meio público; e no setor empresarial. Nomes foram sugeridos por membros do Comitê, a fim de serem contatados. Além disso, foi discutida a viabilidade de se formar uma nova turma de facilitadores de Justiça Restaurativa – composto por 25 pessoas –, que, posteriormente, participariam de um grupo de formação de formadores. O objetivo é que elas sejam multiplicadoras de conhecimento dentro dos meios em que atuam.

      O secretário de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), Ubirajara Leal, explicou o trabalho que vem sendo implementado em condomínios residenciais do município e integram as atividades do programa, que objetiva a realização de círculos de construção da paz, o projeto Bons Vizinhos e oficinas para geração de trabalho e renda. O titular da pasta acrescentou que o serviço já ocorre em seis locais – Haragano, Eldorado, Buenos Aires, Montevideo, Fragata e Jardim do Obelisco, representando um número expressivo de famílias atingidas, segundo Leal.

Atividades do Segunda Chance

      As ações do Segunda Chance Jovem e Adulto também pautaram a reunião do CIP. Secretário de Cultura, Giorgio Ronna salientou que, em junho, fez um ano que ocorrem aulas semanais, em parceria com a Associação de Hip Hop de Pelotas, para internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case). Através das Oficinas Fase (Força, Ação, Sentido, Educação), o projeto já alcançou 40 jovens – a meta é dobrar este número até o final do ano. “No próximo semestre, também vamos oferecer oficinas de grafitti e dança urbana”, acrescentou Ronna.

      Outra frente vinculada ao Segunda Chance, o projeto Mão de Obra Prisional (MOP) – prestes a completar três anos de implantação em Pelotas – atua com 12 apenados, atualmente, nas reformas da Unidade Básica de Saúde Lindóia e do Pronto Socorro de Pelotas. Ao todo, cerca de 70 pessoas já passaram pelo MOP, que integra as oportunidades de ressocialização do Pacto Pelotas pela Paz e já contabiliza a requalificação de 20 prédios da Secretaria de Saúde nos últimos 34 meses.

      Confira as fotos da reportagem neste link do Flickr da Prefeitura.