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Comitê de Prevenção analisa as taxas de evasão escolar

Em novembro haverá uma capacitação voltada ao acolhimento de crianças vítimas de violência

11-09-2018 | 18:15:01

      O Comitê Integrado de Prevenção (CIP) se reuniu mais uma vez, na tarde desta terça-feira (11), para avaliar o andamento das atividades do Pacto Pelotas pela Paz. Na Sala do Pleno, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram analisados os indicadores de evasão escolar, as possibilidades de aplicação da estratégia Justiça Restaurativa na administração municipal e a capacitação da rede para o atendimento de menores nas situações de abuso sexual.

Fotos: Gustavo Mansur

      A Secretaria de Educação e Desporto (Smed) identificará o perfil dos alunos evadidos, iniciando pela Educação de Jovens e Adultos (EJA), e depois partindo para o ensino fundamental e educação infantil. A ideia é agir diretamente sobre os fatores que ocasionam a saída da escola, disse o coordenador do Pacto e assessor do Gabinete da Prefeita, Samuel Ongaratto.

“O CIP precisa fazer esse controle de perto. O mais importante é acompanhar a taxa de evasão e o índice de frequência escolar. Nosso principal papel é manter os jovens na escola”, enfatizou Ongaratto.

      Essa avaliação começará com um comparativo entre os educandários com maior índice de abandono e aqueles que apresentam os melhores números, na tentativa de perceber o que fazem ou deixam de fazer para atrair os estudantes.

Acolhimento a menores em vulnerabilidade

      No encontro, foi confirmado para o dia 14 de novembro um curso – envolvendo educação, saúde, assistência social, Conselho Tutelar, Guarda Municipal e Brigada Militar – sobre como proceder quando há detecção de casos de abuso envolvendo crianças, a fim de garantir a escuta protegida e a segurança.

      A iniciativa é promovida pelo poder judiciário, por meio da Vara da Infância e da Juventude. A capacitação ocorrerá no auditório da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e será ministrada pela psicóloga do serviço biomédico do Ministério Público, Ana Paula Lourenço.

Justiça Restaurativa como política pública

      A estratégia Justiça Restaurativa, que busca a solução de conflitos através do diálogo, pode se tornar uma política pública na administração municipal a longo prazo. Ao menos, essa é a projeção do Comitê, que quer unificar as ações e os interesses das secretarias.

      Nos próximos sete meses, a expectativa é formar mais 25 facilitadores da técnica, dobrando o número de profissionais habilitados e realizar 30 círculos de Construção da Paz por mês; hoje são dez.

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