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Consultor do Pacto fala sobre segurança para universitários

Aula inaugural de centro da UFPel contou com a presença da prefeita no auditório da Faculdade de Direito

13-04-2018 | 15:40:28

      Colaboração de Adriana Rabassa e Paulo Ienczak.

      Auditório lotado e olhares atentos. Na noite de quinta-feira (12), a aula inaugural do Centro de Letras e Comunicação (CLC) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) contou com a palestra do professor e jornalista Marcos Rolim. No prédio do curso de Direito, o presidente do Instituto Cidade Segura e consultor do Pacto Pelotas pela Paz, falou para mais de 100 pessoas sobre a temática O Brasil Diante do Ódio, Mídia e Educação em Tempos Sombrios. 

      A prefeita Paula Mascarenhas prestigiou a aula inaugural e destacou a importância de atividades como essa para que a discussão seja ampla e envolva toda a comunidade pelotense.

"Eventos assim, que se propõem a promover discussões através de pessoas qualificadas como o Marcos Rolim, que estuda há anos o tema e busca dados científicos para suas análises, são muito importantes. É fundamental para que possamos nos apropriar do assunto e buscar soluções”, salientou a chefe do Executivo Municipal em sua fala, na abertura do evento.
Fotos: Gustavo Vara

      A superlotação dos presídios brasileiros, os discursos de ódio, a história do País, a fragilidade da democracia e a segurança pública foram alguns dos assuntos abordados em pouco mais de uma hora e meia de apresentação. Após, estudantes e servidores do CLC puderam fazer perguntas à Rolim, num espaço de debate.

“Nós podemos notar que o Brasil é muito carente em políticas de segurança pública. Quando existem, funcionam por meio de escolhas erradas, pois não medem resultados e geram desperdício de dinheiro público em projetos que não produzem resultados”, afirmou o presidente do Instituto Cidades Seguras.

      O professor, durante a conversa, falou sobre o trabalho desenvolvido para diagnosticar a criminalidade do Município, feito por meio da pesquisa de vitimização e subnotificação de ocorrências, que foi uma das bases para a criação do Pacto Pelotas pela Paz. Sem elas, as pessoas tendem a verificar o índice de criminalidade através dos veículos de imprensa, que divulgam o que ocorre na cidade.

      Com o desenvolvimento da primeira pesquisa do tipo em Pelotas, algumas constatações puderam ser feitas: assaltos, furtos e perturbação do sossego foram as ocorrências mais lembradas pelos pelotenses.

A cidade e as políticas de segurança

      Questão bastante destacada, durante exposição de Marcos Rolim aos alunos, estava ligada ao conjunto de estratégias do Pacto Pelotas pela Paz: segurança pública. No projeto do Executivo Municipal, essa questão está sendo tratada como prioridade, com o objetivo de reduzir os índices de violência.

“É importante enfatizar que quando um município do tamanho de Pelotas assume o desafio de ter uma política de segurança pública – são raras as cidades que fazem isso -, é preciso muita coragem”, observou o jornalista Marcos Rolim.

      Como consultor do Pacto, Rolim teve relevante participação para a análise de dados e, também, na escolha das manobras de combate à criminalidade.

Foto: Gustavo Vara

      Os alunos ainda tiveram a oportunidade de se manifestar ao final do evento. Questionamentos e conclusões sobre como a sociedade pode colaborar para reduzir a violência, assim como o uso de metodologia científica visando à obtenção de informações, comandaram as discussões. 

“A segurança é muito usada como discurso durante as eleições, mas é importante pensarmos de maneira mais séria um projeto de segurança pública”, destacou o estudante de Jornalismo, Igor Krolow.

      Confira a galeria completa de fotos da reportagem neste link do Flickr da Prefeitura.

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