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‘Conte Comigo’ ensina o compartilhamento de livros

Novo grupo de mães e filhos participou da primeira sessão da metodologia nesta segunda

10-09-2018 | 17:23:59

      A segunda-feira, normalmente conhecida como dia de recomeços, ganhou um novo significado para quatro mães de Pelotas nesta tarde (10). O grupo participou da primeira sessão do Conte Comigo – metodologia que visa ensinar técnicas de compartilhamento de livros e mudar a forma tradicional de interagir com os filhos utilizando as publicações 

      Com este método, o interesse, o tempo e a curiosidade das crianças deve ditar toda a atividade, estimulando que sua comunicação melhore e, consequentemente, fortaleçam seus vínculos familiares. A atividade integra o eixo preventivo do Pacto Pelotas pela Paz, através do programa Infância Protegida. 

Fotos: Gustavo Mansur

      Uma das iniciantes desta segunda, Carmem Sabrina Guerreiro, viu nas técnicas ensinadas uma forma de qualificar o tempo que passa com seu filho Jorge, de 2 anos e 9 meses.  

“Só hoje eu percebi que ele nunca se interessou pelos livros porque eu não estimulei isso, não interagia o suficiente... Agora quero usar esses métodos para me aproximar e incentivar o uso dos livros na nossa rotina. Não imaginava que podia ter esse momento com meu filho antes desta tarde”, contou Carmem Sabrina.

      O encontro, mediado pelo facilitador Edimar Borges, serviu para que as mães se conhecessem e se habituassem à nova forma de interagir com as publicações. Na primeira semana, elas devem incorporar o livro “A Surpresa de Handa” à rotina em casa, por cerca de 10 minutos diários, recomendou Borges.

“Sejam sempre positivas, estimulem os acertos e aproveitem o momento para brincar e se divertir com as crianças. Uma boa dica é acompanhar a curiosidade delas e aonde andam os seus olhares: lá estará o interesse de cada um. Também não há problema se elas quiserem ver o livro de trás para frente ou se fixarem em uma única página durante todo o tempo”, explica o facilitador.

      Outro aspecto sugerido por Borges é que as mães procurem evitar o termo “não” durante a atividade, com o objetivo de não desencorajar e intimidar as crianças com seus erros ou dúvidas. Ele exemplificou: se os pequenos apontarem para o desenho de uma zebra e a nominarem como um cavalo, o ideal é responder: “Sim, se parece com um cavalo, mas olha essas listras… também pode ser uma zebra”. Desta forma, de acordo com o facilitador, os filhos irão se comunicar cada vez mais e serão incentivados ao diálogo e à curiosidade sobre outros termos.  

Compartilhar para aproximar

      Implantado em julho deste ano, a prática atingirá 220 crianças de Pelotas – todas nascidas em 2015. Em ação inédita no Brasil, o método estimula a imaginação, criatividade e conhecimento através dos livros, além de incentivar a aproximação de pais e filhos. Vinte facilitadores serão responsáveis pelo trabalho até novembro. 

      Atualmente, 12 grupos estão em andamento, oito já foram concluídos e três iniciam em breve. Junto ao ACT – Criando Crianças Seguras, as metodologias embasam o Estudo Piá – Primeira Infância Acolhida (um convênio entre Prefeitura e Universidade Federal de Pelotas). A expectativa é de que a pesquisa fundamente novas políticas públicas do município a partir do ano que vem.

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conte comigo, pacto pelotas pela paz, infância protegida

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