A busca por um mundo melhor, com o olhar voltado a melhoria das relações por meio do diálogo, pautou o segundo encontro da formação em Escola da Paz, destinada aos membros das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipaves), da rede de ensino municipal. Na manhã desta segunda-feira (17), 189 participantes do curso assistiram palestra com a coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Porto Alegre, Anita Maurique, e à tarde integraram 11 círculos de construção da paz simultâneos, realizados na Escola Técnica Estadual João XVIII.

      Pela manhã, no auditório do Instituto Federal Sul Rio-grandense, Anita e a orientadora educacional da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), Jussara Cruz, falaram sobre as técnicas de Justiça Restaurativa e como é possível utilizá-las para a solução de problemas no ambiente escolar. Jussara destacou ainda as ações restaurativas promovidas nas escolas e os resultados alcançados com o trabalho das facilitadoras da Smed junto aos educandários.

Fotos: Divulgação/Smed

      Na próxima segunda-feira, alunos, pais, professores e diretores que integram as Cipaves das 89 Escolas Municipais de Ensino Fundamental, voltam a se encontrar para o terceiro e último encontro da capacitação. Após a formação, as comissões estarão aptas a atuar e irão colaborar na construção do Plano Anual de Prevenção da Violência Escolar — previsto no Pacto Pelotas pela Paz —, que será aplicado a partir do ano letivo de 2019.

Círculos simultâneos

      Aguardada pelos participantes do curso, a atividade dos círculos de construção da paz simultâneos ocorreram no turno da tarde. Foram mais de 189 pessoas envolvidas nos círculos, que contaram com a coordenação de 22 facilitadoras de Justiça Restaurativa, divididas em duplas. 

Fotos: Adriana Rabassa

      Os participantes foram distribuídos em 11 grupos, que elegeram seus Centros de Círculo (representam o significado daquele encontro) e Objetos da Palavra (conferem o direito de fala a quem estiver com ele em mãos). Reunidos, discutiram os problemas frequentes na sociedade mas, principalmente, aqueles verificados em sala de aula.

      De que maneira o projeto Escola da Paz pode melhorar o relacionamento entre as instituições educacionais, os alunos e suas famílias também foi abordada no encontro, além de valores como cooperação, solidariedade, empatia e cordialidade.