Gabinete de Gestão Integrada se reuniu nesta segunda-feira para avaliar dados do Pacto Pelotas pela Paz
14-10-2019 | 17:54:40
As forças de segurança que participam das ações do Pacto Pelotas pela Paz se reuniram, na tarde desta segunda-feira (14), para analisar os indicadores criminais do Município até o mês de setembro. Além de avaliar a diminuição dos crimes patrimoniais, os membros do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) também compartilharam as experiências dentro do RS Seguro, projeto do governo estadual.
A redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios, latrocínios, infanticídios, entre outros – em Pelotas foi, mais uma vez, destaque na reunião. De janeiro a setembro deste ano, 59 ocorrências do tipo foram registradas na cidade, contra 74, em 2018, o que aponta uma queda de 20% desses crimes neste período.
O declínio nos casos de roubo a pedestre foi evidenciado na 20ª reunião do GGI-M: 16% a menos em relação ao ano passado. A ação da Guarda Municipal é parte importante desse processo, o que foi evidenciado pela prefeita Paula Mascarenhas, que agradeceu os serviços prestados ao comandante Sandro Carvalho e o parabenizou pelo Dia da Guarda, comemorado na última quinta-feira (10).
Ainda no âmbito dos crimes patrimoniais, o roubo e o furto de veículos também figuram entre as reduções: 34% e 9%, respectivamente. Os indicadores também revelam que 70% dos veículos foram recuperados pelas forças de segurança.
Os dados monitorados pelo Observatório da Segurança Pública do Município também registraram redução de 37% em feridos por arma de fogo e de 36% de roubo a estabelecimentos comerciais. Um dos destaques fica para a queda de 47% dos roubos a transporte público na cidade (65 este ano, contra 123 no ano passado). O último mês teve apenas uma ocorrência, o menor número dos últimos três anos.
Em relação ao aumento de episódios de furto (9%) a residências – único índice que apresentou crescimento –, o Gabinete concordou em seguir fortalecendo o combate a esse tipo de crime, o que vem mostrando resultados. Apenas de agosto para setembro deste ano, houve um declínio de 39%, com 28 ocorrências, menor número desde janeiro de 2017 quando se iniciou o controle.
Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Susepe e Detran também participaram das três reuniões de avaliação do projeto RS Seguro, iniciativa do governo gaúcho. Os encontros envolvem os 18 municípios abrangidos pela iniciativa e outros seis convidados.
As instituições analisam os crimes violentos letais, o roubo de pedestres e de veículos de cada cidade, bem como um indicador escolhido. No caso de Pelotas, as forças de segurança se voltaram ao roubo de estabelecimentos comerciais.
Conforme o tenente-coronel Márcio Facin, são discutidos os destaques positivos e negativos entre os municípios, de forma conjunta, procurando aprimorar o trabalho.
“É também uma satisfação mostrar ao Estado o trabalho de integração que acontece aqui”, pontuou o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar.
Na última semana, por exemplo, a Brigada instalou mais uma Patrulha Maria da Penha em Pelotas, que agora pode ampliar o atendimento e atender ocorrências nas cidades vizinhas. Desta forma, com um confrontamento maior às violências contra a mulher, se espera diminuir os casos de feminicídio.
Um projeto-piloto do Pacto Pelotas pela Paz foi apresentado na reunião. O Nossa Rua busca unir os esforços do GGI-M e do Comitê Integrado de Prevenção (CIP) em áreas de maior vulnerabilidade, ampliando a presença do poder público com ações de segurança, melhoria na infraestrutura e projetos sociais num período de seis meses.
Cada instituição irá avaliar de que forma pode contribuir com o Nossa Rua, tanto na prevenção, quanto na repressão. A ideia é começar pela avenida Manoel Antônio Peres, o Corredor do Obelisco, no Areal.
“É uma ação territorial integral para mudar perspectivas e deixar um pequeno legado”, comentou a prefeita Paula.
O novo sistema de monitoramento eletrônico de apenados, por meio de tornozeleiras, foi outro assunto abordado. Atualmente, existem 230 monitorados na região, que vai de Camaquã a Santa Vitória do Palmar; 71 são pelotenses.
A ideia é que o GGI-M possa se beneficiar da coleta de dados feita por GPS, aplicando as informações para solucionar delitos e encontrar padrões. A atualização da localização dos apenados do regime semiaberto é feita a cada dois minutos.