A manutenção dos alunos do ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas foi pauta principal da reunião do Comitê Integrado de Prevenção (CIP) do Pacto Pelotas pela Paz, na tarde de terça-feira (25). Na oportunidade, também foi realizado um círculo de construção da paz entre os participantes, estratégia que faz parte do programa Justiça Restaurativa.

Fotos: Gustavo Vara

      Estudos comprovam que existe uma ligação entre a evasão escolar e o aumento da violência. Através da análise das Fichas de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficais) dos educandários da rede municipal e dos índices de abandono escolar, a Prefeitura quer identificar os motivos que levam os estudantes a pararem de estudar, a fim de combater esse problema.

“É um ponto de partida. Estamos olhando algo que poucas vezes se cobrou, o que é uma mudança de perspectiva que veio depois do Pacto”, explicou o coordenador do projeto de segurança, Samuel Ongaratto.

      No início desse processo, quatro escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) serão pilotos: Piratinino de Almeida, Francisco Caruccio, Ministro Fernando Osório e Bibiano de Almeida. Nelas, vai ser criado um perfil dos alunos evadidos e suas razões, além das iniciativas encontradas internamente para evitar isso; numa análise inicial, a distância entre emprego/residência do local das aulas, diferença de idade entre os estudantes e insegurança apareceram com mais frequência.

“Queremos ajudar as escolas a melhorar e a valorizar os profissionais. Sabemos que é um contexto complexo, com conteúdos a serem ensinados, além da relação com pais e alunos”, ressaltou Ongaratto.

      Por fim, os integrantes do CIP puderam vivenciar um pouco das técnicas de Justiça Restaurativa em um círculo de construção da paz, que busca a resolução de conflitos por meio da comunicação não violenta. A metodologia já faz parte do dia a dia de condomínios residências do Minha Casa Minha Vida e começa a ser aplicada em algumas escolas.