A oportunidade de ajudar a família é o que move muitos dos participantes da segunda turma do Projeto Start, que chegou à metade das aulas nesta semana. Os jovens dos núcleos Laranjal, Getúlio Vargas e Navegantes podem aprender mais sobre empreendedorismo, liderança, trabalho em equipe e postura no quarto módulo da iniciativa que integra o eixo de prevenção do Pacto Pelotas pela Paz, além de compartilhar um pouco de suas visões de mundo.

      Na tarde desta quarta-feira (24), a aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental Mário Meneghetti começou com um desafio: os adolescentes foram convidados a se apresentar, como se estivessem participando de uma seleção de emprego, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos nas semanas anteriores. Os meninos são sempre a maioria entre os corajosos a ir à frente falar sobre suas expectativas para uma possível vaga e as experiências de quem vive no Getúlio Vargas.

Fotos: Gustavo Mansur

      Entre Joãos, Mateus, Gustavos, Douglas e Guilhermes, o percurso apresenta similaridades. A mãe como chefe da família, a falta de uma figura paterna, o trabalho braçal e informal para complementar a renda, e o grande desejo de um futuro melhor, com mais condições de auxiliar nas contas de casa e prover conforto para os familiares. Há ainda a dificuldade de encontrar as próprias qualidades, mas o progresso ao falar em público já é visível, e todos receberam seus feedbacks – tanto quanto aos acertos quanto ao que pode ser melhorado – do coordenador do Banco de Oportunidades e professor no Start, Pablo Salomão.

      Os exemplos trazidos neste quarto módulo, em especial sobre o tema liderança, também conversaram com a realidade dos jovens e a busca por mudanças de perspectiva. Os caminhos do ex-presidente norte-americano Barack Obama e do ativista Martin Luther King para sair de situações de vulnerabilidade e fazer a diferença em suas comunidades estiveram inclusos, como forma de incentivar os estudantes a refletir sobre o projeto final do Start a ser apresentado no fim de novembro, em que precisam propor algum tipo de intervenção no local em que vivem.