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Pacto irá utilizar pesquisa da Epidemio/ UFPel

Estudo será coordenado pelo professor britânico Joseph Murray

12-12-2017 | 18:01:00

Com foco na prevenção da violência, o Pacto Pelotas Pela Paz adotará, a partir do próximo ano, dois programas internacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), junto ao Centro Epidemiológico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - a nova instituição parceira do conjunto de políticas de segurança pública. O objetivo é estimular o desenvolvimento de crianças na primeira infância. 

As crianças participarão dos programas Booksharing, que incentiva o hábito à leitura, com empréstimo de livros e contação de histórias pelos próprios pais; e o ACT Raising Safe Kids, em que mediadores dialogam com mães e crianças durante oito semanas.

A implantação será coordenada pelo professor britânico Joseph Murray, que também analisará o impacto da metodologia a cerca de 400 famílias. Ligado à Universidade de Cambridge, ele estuda causas e prevenção de crimes. 

“Fiquei muito impressionado com a rede de proteção formada pelo Pacto. Nunca tinha visto algo semelhante a nível municipal”, contou.  
Fotos: Marcel Ávila

O professor atua na Coorte de 2015, o estudo de acompanhamento da saúde de todas as crianças nascidas na cidade de Pelotas (RS) entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015. O programa de Coortes de Nascimentos de Pelotas é o maior estudo do gênero na América Latina e um dos maiores do mundo. O Centro Epidemiológico é inclusive referência para determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS).  

A metodologia de Murray foi apresentada nesta terça-feira (12), no Comitê Integrado de Prevenção (CIP), que reúne equipes de Saúde, Educação e Assistência Social envolvidas no Pacto. Coordenado pela prefeita Paula Mascarenhas, o encontro avaliou as ações recentes e a implantação das estratégias Justiça Restaurativa, Infância Protegida, Escola da Paz, Cada Jovem Conta e Segunda Chance. 

“O foco principal é atender aos alunos em vulnerabilidade social, que possuem maior dificuldade de aprendizado e tendência à evasão escolar. Ou seja: quem mais precisa das políticas públicas”, salientou Paula ao grupo.  

  

    O promotor da Infância e Juventude de Pelotas, Paulo Charqueiro, destacou a rede multidisciplinar formada pelo Pacto.  

“Agressividade na infância e problemas de conduta levam à violência na vida adulta. Se garantirmos a criança na escola, a chance de ela cair na criminalidade é muito menor. Além disso, um estudante custa ao Governo cerca de R$ 4 mil, enquanto um preso, mais de R$ 9 mil”, analisou.

O CIP se reúne quinzenalmente. Participaram deste encontro os secretários de Saúde, Ana Costa, de Cultura, Giorgio Ronna, de Educação e Desporto, Artur Corrêa, e de Segurança Pública, Aldo Bruno Ferreira; a consultora do Pacto, Tamara Biolo Soares, conselheiros tutelares, professores, agentes de saúde, e representantes de instituições.  

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pacto pelotas pela paz, prevenção, epidemio, ufpel

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