Iniciativa do Município, ligada ao Pacto Pelotas pela Paz, deve ser estendida para o Case, Casa de Acolhida e Guarda Municipal
23-04-2021 | 10:37:47
Nesta semana um dos programas integrantes do eixo prevenção do Pacto Pelotas pela Paz completou três anos de atividades: o ACT – Criando Crianças em Ambientes Seguros. A política pública que já alcançou 210 famílias no município e é baseada no fortalecimento de vínculos entre crianças, pais e cuidadores, mantém as atividades de forma remota e se prepara para alcançar outros espaços, como o Centro de Atendimento Sócio Educativo (Case), a Casa de Acolhida e a Guarda Municipal (GM).
O aniversário de três anos da implantação do programa não teve a comemoração presencial, mas foi marcado pelos planos de expansão do ACT para outras famílias de Pelotas. A coordenadora do programa e diretora da Secretaria Municipal de Segurança Pública (SSP), Alicéia Ceciliano, relata que a ideia é levar a iniciativa para os adolescentes que cumprem medida socioeducativa e já têm filhos, assim como às mulheres que hoje vivem na Casa de Acolhida.
"Nossa proposta é criar um grupo para atuar junto aos guardas municipais também. Como o ACT faz parte da Secretaria de Segurança Pública, é importante que os GMs conheçam o programa, porque só através da vivência eles irão entender e poderão multiplicar, assim poderão ajudar a prevenir a violência e não apenas repreender", explica.
A proposta também inclui os agentes de segurança na formação de facilitadores, a exemplo do que já ocorre para servidores das outras secretarias envolvidas no programa - secretarias de Saúde (SMS), de Educação e Desporto (Smed) e de Assistência Social (SAS).
Além de estender o ACT - Criando Crianças em Ambientes Seguros para outras instituições, a SSP planeja ampliar o número de facilitadores do programa ainda este ano. A proposta é realizar a formação de 20 servidores das quatro pastas envolvidas na política pública, assim que os protocolos sanitários da pandemia permitirem.
As redes sociais têm sido, desde o ano passado, o elo entre os facilitadores e as famílias participantes do ACT. A coordenadora do programa explica que há uma expectativa de que a partir de maio as atividades voltem a ser enviadas semanalmente, como ocorreu em 2020.
"Estamos aguardando que a situação (pandemia) melhore para então voltarmos com os encontros, mas enquanto isso não é possível, estamos sempre em contato via redes sociais", diz Alicéia.
A dona de casa Fabiane de Aguiar, mãe de uma menina de 4 anos, é uma das participantes que, em 2020, manteve o vínculo com o programa graças ao contato virtual.
"Recebia pelo o WhatsApp e continuei fazendo as atividades do mesmo jeito quando era presencial. O ACT me reeducou e ensinou a educar minha filha", relata a mãe.